04 outubro 2015

Eon, de Alison Goodman

Eon é um garoto de 12 anos que estuda Magia de Dragão e busca pela chance de se tornar um Dragoneye. Ok, até ai eu achava a sinopse bacana, mas tem mais! Mas na verdade, Eon é Eona e tem 16 anos! Eona consegue ver todos os dragões – os outros garotos que querem ser dragoneye só conseguem ver um – e quer ser uma dragoneye. Eona tem que fingir que é Eon porque mulheres não tem o direito de usar a Magia de Dragão e se for descoberta, Eona pode ser morta. A única pessoa que sabe de seu segredo é o seu mestre que a ajuda nos estudos.

Eu comecei a ler pensando que seria uma coisa bem infantil e Alison Goodman me surpreendeu com sua estória incrível. Eon é uma bandeja bem cheia para quem gosta de fantasia e personagens fortes. E dragões, gente, tem dragões no livro! Existem doze dragões e Eona luta para ser escolhida aprendiz do Dragão Rato.

O mundo criado por Alison Goodman é bem diferente do que costumo ler. Primeiro de tudo e o que torna o livro ainda mais interessante é que tem muita referencia da cultura asiática, fica claro a pesquisa que a autora realizou para compor o seu mundo.

O livro começa de forma lenta, apresentando o universo e os personagens aos poucos, mas desde esse começo já podemos ver os vestígios da grande estória que é. A escrita da Alison Goodman é muito sutil, mas muito forte. A escrita é simplesmente linda! Sua narrativa nos puxa para dentro desta estória incrível e é cheia de detalhes e quando se pega o ritmo, é simplesmente torturante deixar a leitura de lado.

Para quem gosta de romance: sinto em dizer que não há quase nenhum. Mas, não deixe de ler o livro por causa disso porque há uma construção de relacionamentos e o romance está lá, mas está bem sutil.

Eona já é uma das minhas personagens favoritas, mas também nutri um amor muito grande pelos personagens coadjuvantes. O mestre dela, Lady Dela e Ryko são destaques que só enriquecem a estória.



Eona é uma personagem feminina extremamente forte e com grande vontade de sucesso, tanto porque é o que ela quer para si quanto porque tem muitas pessoas que dependem do seu sucesso. A evolução dela ao longo do livro é maravilhoso, sempre dando o melhor de si e tentando entender e chegar a uma aceitação de si mesma que emociona. Claro que ao longo do livro, a mania dela em não pedir ajuda e não conversar sobre suas dificuldades irrita um pouco, mas é perfeitamente compressível devido sua posição de perigo a todo instante.

Essa sensação de perigo constante é tão contagiante que chega ao leitor. Além do perigo de ser uma mulher e se arriscar a entrar nesse mundo, Eona ainda tem problema em uma das pernas. A todo momento Eona tem dificuldades para alcançar seus objetivos e quando consegue superá-los, acontece mais alguma coisa que entra em seu caminho. Além disso, tem o seu segredo que se descoberto, causara sua morte.

Ao final, eu já estava tão envolvida na estória que tudo que queria era ler mais e mais desse mundo e desses personagens. A estória é cheia de intrigas politicas, traições, força do poder feminino e superações e tem o potencial para ser um épico incrível em sua continuação.

Eon faz parte de uma duologia e mal posso esperar para ver como a estória terminará. Eon é leitura obrigatória para quem gosta de fantasia e YA. Além desse toque incrível de Mulan, os personagens são únicos e a escrita é contagiante, Eon não é mais do mesmo.

Título Original: Eon
Autora: Alison Goodman
Editora: Galera Record
Páginas: 474

28 agosto 2015

Quotes da semana #5

Os trechos dessa semana é de um livro que eu gosto muito. O livro é Seu eu ficar, da Gayle Formanclique aqui para ler a resenha do livro!


"As pessoas chamavam a minha mãe de vaca com frequência, provavelmente porque ela tinha dificuldades de segurar a língua e conseguia ser brutalmente grosseira quando discordava de alguém. Minha mãe explodia feito uma tempestade de verão, e depois se acalmava. De qualquer modo, ela não se importava que as pessoas a chamassem de vaca. - É só um jeito diferente de me chamar de feminista - dizia ela com orgulho. Até mesmo papei a chamou assim algumas vezes, mas sempre brincando, como se fosse até um elogio. Mas nunca a chamava assim durante uma briga. Ele sabia muito bem o que era melhor para ele." 

"- Namorada é uma palavra idiota - disse ele - Não suportava chamá-la assim. Então, tivemos de casar para que eu pudesse chamá-la de "esposa". "


21 agosto 2015

The DUFF, de Kody Keplinger


The DUFF foi um refresco para mim, foi o tipo de leitura que me fez rir feito boba em algumas partes e torcer feito doida pelos personagens. Tanto que eu não conseguia parar de ler porque queria saber se tais personagens ficariam bem. The DUFF tem lá seus defeitos, mas só por despertar esses sentimentos em mim, já é um dos livros mais legais que já li.

Bianca Piper é uma garota de 17 anos com preocupações normais, como amizades, ensino médio e família. Mas tudo começa a colapsar quando ela descobre que seus pais estão se separando, tem que lidar com o problema alcoólico de seu pai e começa a ficar insegura quando Wesley Rush fala que ela é a DUFF – DUFF é tipo a amiga feia e gorda de um grupo de amigas ou amigos – de suas amigas Casey e Jessica.

Quando Bianca começa a ver a vida que ela conhecia desmoronar, ela começa a transar escondido com o Wesley, no começo porque isso a fazia se distanciar um pouco de sua vida e problemas, mas depois esse relacionamento começa a evoluir.

Confesso que só quis mesmo ler o livro quando vi o trailer do filme – filme que não tem nada a ver com a estória do livro, alias –, comecei a achar a premissa um pouco mais interessante e resolvi ouvir aos elogios. Comecei o livro não dando nada para a estória e quando percebi, estava amando e não conseguia colocar a leitura de lado.


Kody Keplinger só tinha 17 anos quando escreveu The DUFF, isso pode ser um dos motivos pelos quais ela retrata adolescentes de uma forma honesta e com questionamentos reais e presentes na época do ensino médio. Kody Keplinger tem uma escrita bem simples, cheia de humor, com palavrões e que te envolve na estória.

Vocês leram a sinopse acima, então já perceberam que a estória tem alguns clichês – tirando raras exceções, não tem como fugir muito em estórias de ensino médio -, mas é um clichê muito bem trabalhado. A autora explora vários momentos e situações da vida de um adolescente e em alguns momentos ela dá profundida ao drama abordado, porém em outros momentos o assunto é tratado de forma bem superficial, assim como algumas motivações dos personagens, que são bem bobas.

Eu me importei muito com esses personagens durante toda a leitura, gostei muito de todos. Bianca Piper e Wesley Rush são duas pessoas, aparentemente, diferentes mas que são muito parecidos em muitos aspectos e ambos tem um desenvolvimento muito bom ao decorrer da estória. Tal desenvolvimento foi bom, mas poderia ter sido mais explorado pela autora, principalmente no personagem do Wesley porque ele era um estereótipo ambulante e falar um pouco mais do personagem ia ser legal e iria quebrar ainda mais esse estereótipo. Bianca Piper é inteligente, sarcástica e tem um humor ácido e Wesley Rush é o garoto popular que não é nada perfeito mas que na verdade, é muito legal e inteligente.

Tanto Bianca Piper quanto Wesley Rush passam por algo e tem defeitos, e talvez sejam esses defeitos que os torne tão reais e o porquê de eu gostar tanto deles. Aliás, meu lado shipper não se segura e surta perto desses dois.



Sem dúvida que The DUFF tem seus defeitos, mas é um livro que me conquistou completamente e que fala abertamente sobre sexo, estereótipos, o julgamento que outras pessoas fazem sem realmente conhecer uma pessoa e saber pelo que ela está passando. E para quem está começando a ler em inglês, The DUFF é uma ótima escolha, a linguagem e o vocabulário são bem fáceis.

O final não é surpreendente nem nada, mas nas últimas vinte páginas eu não conseguia tirar o sorriso do rosto e não queria parar de ler, mas ao mesmo tempo não queria que o livro terminasse. Foram muitos sentimentos envolvidos, como puderam perceber.

The DUFF é um livro nada bobo sobre ensino médio e adolescência, sem dúvida um dos mais legais que já li que se passa nessa época. É um livro bem divertido que vai dar vários sentimentos para quem gosta de shippar e que passa uma mensagem muito legal no final! Já quero ler todos os livros da Kody Keplinger!


* O livro ainda não foi lançado no Brasil, mas procurei por ai e achei notícias que ou Globo Livros ou a Novo Século tem os direitos do livro.


Título Original: The DUFF
Autora: Kody Keplinger
Editora: Poppy
Páginas: 288

19 agosto 2015

TOP 5 | Coisas da minha estante

Olá, pessoas! Mais um Top 5 Wednesday e como sempre com o tema bem atrasado haha. O Top 5 que escolhi para fazer essa semana é Top 5 coisas favoritas da estante que não são livros! 

A minha estante é uma confusão de livros, papeis avulsos e importantes e coisinhas bonitinhas que amo como essas.

Whovian louca que sou, sempre tenho uma tardis na estante, antes dessa era uma de papel ♥

Meu primeiro funko pop, gente!! Não consegui o Hannibal do Mads Mikkelsen, mas também adoro o do Anthony Hopkins.

Copo do Darth Vader do ovo de pascoa com post-it e marcadores! 

O Mario é legal, mas o Donkey Kong é muuitoo legal.

Presente mais fofo do mundo, e que ainda brilha *.*


Quais são as coisas que você mais gosta que ficam na sua estante?